Algo difícil de conviver.

Saudade que cresce à medida que a distância aumenta. Um nó na garganta se forma, e nada desce pela boca. O coração não sabe o que fazer: disparar pedindo por ar ou bater forte e lento tentando sobreviver. Respiração profunda, querendo suportar essa dor silenciosa. Nada além de sua imagem passa pelos pensamentos. À noite, quando estou tentando dormir, fecho os olhos e imagino todos os jeitos que estivemos juntos: os abraços, os beijos, os sorrisos. E arranjo uma forma de transformar isso real, pensando que você está ao meu lado me abraçando, tento sentir seus lábios encostados aos meus me dando boa noite, e seu sorriso... Um jeito de saber que você está feliz. Mesmo distante, ainda me amando e esperando por mim. E as lágrimas incontroláveis descem pelo rosto, na esperança de que você possa enxugá-las, encharcando o travesseiro demonstrando o quanto a angustia mata. Tento sobreviver a essa saudade da maneira que me é possível: mantendo minha mente distraída, aquietando meu coração com as mentiras mais reais que consigo produzir, criando imagens nítidas e tornando sua presença constante. Chega um momento que não é mais tolerável viver com isso, não sei como suportar uma coisa que tanto me faz mal, se passa desespero e um bocado de coisas dentro de mim que não são fáceis de aguentar. A partir de sentimentos, momentos e emoções, descubro o que a distancia é capaz de fazer.

Mica Carvalho

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