
Às vezes precisamos de sentir que estamos cá, no mundo, para alguma coisa. Precisamos de sentir que alguém gosta de nós, que estamos seguros com quem nos rodeia. Queremos alguém em quem confiar e com quem falar. E onde estão essas pessoas? Nem sempre estão, meus caros amigos, nem sempre estão. Por vezes sentimos que estamos sozinhos e, de imediato, nos ocorre uma imensa necessidade de ter um amigo. Mas e que amigo? Todos olham para nós de lado, todos acham que somos malucos e ninguém se atreve a vir ter connosco. Afinal, quem é que quer meter conversa com um tolo qualquer? Porque, aparentemente, não passamos disso… de apenas uns malucos que por aí andam. E onde está o bom senso da sociedade, pergunto. Onde?! Mas adiante, isso é conversa para outro dia. Às vezes precisamos que alguém chegue à nossa beira, nos levante o queixo e diga “Hey, idiota? Então? O que é que andas a fazer?! É isso que queres fazer da tua vida? Olha para mim, eu estou aqui para o que precisares. E eu acredito… eu acredito em ti.”. Nós sorrimos mas sabem pelo que é que esse sorriso é substituído? Talvez saibam mas não vos ocorre nada. É substituído por inúmeras perguntas. E uma delas é a que me ocorre sempre, sem exceção; “Onde é que eu já ouvi isso antes?”. Exato! É isso mesmo! Quantas e quantas pessoas já nos prometeram que iriam ficar sempre do nosso lado, quer nos bons, quer nos maus momentos? Quantas? Imensas. E quantas estão aqui? Zero. Mas desta vez é diferente. Desta vez sentimos que aquelas palavras estão carregadas de verdade, de confiança, de vontade de ajudar. Mas continuamos de pé atrás. Continuamos a recorrer ao nosso refúgio para nos sentirmos protegidos. Não queremos cair mais e mais e mais vezes nas partidas que a vida nos prega.
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